Mr. Catra não consegue parar. Diagnosticado no ano passado com um câncer no estômago, o funkeiro não parou de fazer shows. Segue viajando pelo Brasil e, neste sábado, sobe ao palco da Wood’s (Rua Casemiro de Abreu, 1.223). Batemos um papo com o cara, que estava internado, por Zapzap.
Você tocou com a Comunidade Nin-Jitsu no Planeta. Segue curtindo rock?
O evento foi incrível, adorei participar! Eu sou um eterno rockeiro com alma de funkeiro. Minha trajetória musical sempre foi unir os ritmos. Tenho CD de samba, hip-hop, sertanejo.
Todo mundo foi pego de surpresa com a notícia do seu câncer. Como você está?
Estou em tratamento para me recuperar! Em breve estou novinho. Tenho muita coisa para fazer, e ainda quero direcionar a carreira dos meus filhos.
Como o funk faz para durar tanto na mídia?
O funk é movido pela fé. Talvez seja o único ritmo que se sustenta. Não adianta querer pagar milhões para ser uma estrela, e artistas como a Jojo Todynho estão aí para provar! Se não for algo de verdade, pode pagar milhões que não vai conseguir!
Ultimamente, a música tem sido plataforma de discursos de empoderamento de minorias. Como você vê isso?
Acho que sou um dos caras mais feministas que conheço. Acho que, se a pessoa está feliz, ela tem direito de ser o que é! Se cada um buscasse ser feliz, não atrapalharia a felicidade de ninguém.