Crianças que ajudam nos afazeres domésticos são melhores… adultos.
Muito citado e espalhado pelo mundo – ainda bem – é o famoso estudo de Harvard sobre felicidade. Foram mais de oito décadas acompanhando a vida inteira de muita gente. Tudo para descobrir: “o que traz felicidade?”.
O interessante é que estar perto de milhares de pessoas, por tanto tempo, de forma científica, acabou mostrando outras verdades. E uma delas é essa: os mais bem-sucedidos adultos dessa pesquisa tinham contribuído para os afazeres da casa.
As razões são maravilhosas e até óbvias depois que você as lê ou escuta: participar e ajudar na casa ensina a criança que trabalhar em equipe é bom. Traz ligação com outras pessoas e mostra como problemas são resolvidos mais facilmente em grupo. Além do ambiente arrumado, cheiroso e organizado que traz paz e foco, as pessoas rendem mais em lugares assim.
Outra coisa: a criança que ajuda em casa treina seu lado motor. Aprende a realizar coisas manuais. Se tem uma horta, lida com a terra, alimentos, planta e colhe. E come depois. Se ajudou numa cerca, protegeu a casa do mundo e o cachorro que ela tanto ama a não fugir de casa.
Pequenos que ajudam adultos em casa se sentem úteis, e isso para o cérebro é presente. Bom para a cachola e para a autoestima da criança. E tudo isso, anos mais tarde, ajudará o adulto a ser mais seguro, independente, focado e, até, um belo de um amigo.
Quem tem filhos vive essa dúvida diariamente: até onde impor regras é legal? Até onde podemos avançar para não sermos autoritários ou frouxos? Até quando vale estar com eles no cabresto, como se diz na Bahia, local onde me alfabetizei, cidadezinha de 5 mil habitantes e muita saudade disso.
Então, vamos lá. Não há outra saída, já que a ciência está no lado e tudo que pais querem é um futuro promissor e a vontade de não colocar no mundo cidadãos sem fundamento. Que os jogos comecem agora!
Bom…
“Guris… Seguinte… Quem vai me ajudar a lavar a louça agora…?!”