Houve uma época em que o DeFalla, uma das bandas mais importantes do rock gaúcho desde a década de 1980, foi liderada por Tonho Crocco. A Ultramen ainda engatinhava, EduK havia saído do grupo, e o DeFalla tinha mais um disco a ser gravado por contrato. Essa fase rendeu Top Hits, disco lançado sob a assinatura D. Fhala. O álbum agora virou show, a ser apresentado no domingo, no Bárbaros Cervejas Especiais (Rua Ramiro Barcelos, 1.792).
– Sempre fui fã de DeFalla. Formei a Ultramen porque queria ser que nem eles. Gostava do estilo de gravação, das letras em português e inglês, da postura quase pornográfica deles no palco, do espírito de transgressão. Era tudo que um adolescente queria – derrete-se Tonho, lembrando de quando foi convidado para assumir os vocais da banda dos ídolos, em 1995.
Neste domingo, Tonho se une a 4Nazzo, Flu e a Gustavo "Prego" Telles, dono das baquetas da Pata de Elefante. O show, como explica Tonho, deve ter o clima de Top Hits – uma piração do DeFalla (como sempre), que acabou somando o rock inglês e o folk ao funk rock do DeFalla.
– O Castor (guitarrista original do DeFalla) tinha algumas músicas já compostas, nesse clima, e eu cheguei para somar. Aconteceu o que tinha que aconteceu.
Tonho, inclusive, conta que a ideia de fazer o show mais de 20 anos depois veio mais ou menos como veio o convite para gravar o disco: após uma conversa de bar. Alguns membros não estavam em Porto Alegre (como o próprio Castor, que mora no Nordeste), e a formação acabou se resumindo a Tonho, 4Nazzo e Flu, em um formato acústico. Em dezembro, no Ogro Fest II, pela primeira vez, Prego assumiu a bateria e o show virou elétrico. O show de domingo é a segunda chance de ver a formação ao vivo.