Escolhido pela FIFA em 2010, em uma eleição muito debatida, o Catar foi a primeira nação árabe a ser sede da Copa do Mundo. No episódio da próxima terça-feira (13) de Caminhos para a Vitória no Globo Esporte da RBS TV, eu e a Alice Bastos Neves conversamos com cinco professores da PUCRS, de diversas áreas de atuação na universidade, que vão nos contar as principais novidades que estão sendo preparadas. Vem muita surpresa por aí. Aqui em GZH vou dar alguns spoilers.
O Catar sofre com o clima desértico do Oriente Médio. Por isso, a FIFA aceitou mudar a data do Mundial. Passou do meio do ano, quando sempre ocorreu, para o mês de novembro, porque o clima é um pouco mais ameno na região. Para reduzir os efeitos das altas temperaturas, foi montado um complexo sistema de climatização nos estádios, com resfriamento sustentável para diminuir os efeitos incômodos do calor excessivo do clima.
Será uma inovadora técnica de refrigeração, que não vai permitir que os termômetros passem de 23°C, independentemente do calor do lado de fora. Além disso, serão utilizados drones gigantes, que bloqueiam os efeitos do sol nos estádios.
A mobilidade urbana é algo que preocupa demais o comitê organizador da Copa do Catar. Com os eventos todos em uma área geográfica restrita, se locomover por Doha e nas cidades próximas será uma tarefa complicada, ao que pese a construção do metrô na região e a utilização de ônibus elétricos. A ideia é instalar diversos sensores pelas ruas, que darão informações do trânsito, horários de ônibus e metrô ou vagas para estacionar.
Neste aspecto, o funcionamento perfeito do 5G na telefonia móvel será fundamental. Veremos um grande avanço em relação à Copa da Rússia para garantir a conectividade total dos quase 1 milhão de visitantes esperados.
Quando a bola começar a rolar em 20 de novembro, com o duelo entre Catar e Equador no estádio Al Bayt, vamos conhecer a bola do Mundial, a Al Rilah. Foi desenvolvida com a tecnologia mais moderna para ganhar velocidade e dificultar a vida dos goleiros. Ela ainda contará com um chip de geolocalização sensível ao toque. Com isso, as informações da posição e o momento do chute são enviadas a um software. Os dados serão repassados aos operadores do VAR como forma de alerta.
Por fim, a tecnologia vai ser protagonista na arbitragem. Tudo feito para minimizar os erros. Haverá um sistema semiautomático envolvendo inteligência artificial para auxiliar na marcação dos impedimentos durante as partidas. Tudo para reduzir o tempo que os árbitros levam para tomar as decisões com a ajuda do VAR.
No teto dos estádios, serão instaladas 12 câmeras equipadas com recursos de machine learning, usadas para filmar e rastrear até 29 pontos dos corpos dos jogadores durante toda a partida. Com absoluta certeza, a partir da Copa do Catar, os grande eventos esportivos mundiais ganharão um outro patamar em termos de modernidade.