Caiu a sequência de oito jogos sem derrotas do Inter no Brasileirão. Olhando o panorama da partida, o Colorado até poderia ter saído em vantagem já no intervalo. Foram, pelo menos, dois chutes de Yuri Alberto.
Desde o início, o Inter adotou uma postura agressiva. As melhores chances de abrir o marcador foram do time de Diego Aguirre. O Atlético-MG, abalado pela eliminação da Libertadores para o Palmeiras, teve dificuldades de se impor dentro do Mineirão.
Na etapa final, naturalmente, Cuca colocou mais força ofensiva no Galo. Aos poucos, os mineiros foram tomando conta do jogo. No contexto, não há explicação plausível para o treinador colorado ter feito apenas uma alteração, das cinco possíveis, com todo o desgaste imposto pela partida. Só fez a troca de Dourado por Guerrero, quando Keno já havia feito 1 a 0. Naquela altura da partida, Saravia, Patrick e Taison já estavam completamente esgotados. Era hora de dar gás novo. Os três foram até o final.
Por que Aguirre não fez substituições com várias opções no banco de reservas? Em uma semana de trabalho no CT Parque Gigante, o técnico não testa possibilidades de mudanças para tentar alterar o jogo? Deixou clara a impressão de falta de confiança no grupo.
Já cansei de elogiar a clareza de Aguirre na avaliação de outros jogos da temporada. Mas no sábado (02) faltou admitir, na entrevista, que não foi a melhor estratégia de fazer uma só alteração. A derrota vai na conta do treinador uruguaio.
Óbvio que perder para o líder do campeonato não é o fim do mundo. É normal. Ficou a sensação de que a sorte do Colorado poderia ter sido outra em Belo Horizonte. O próprio Aguirre mostrou que isso era possível. Faltou ousadia no segundo tempo. Nada de terra arrasada. Vida que segue