Sob olhar atento de Diego Aguirre, o Inter fez um mau jogo contra o Ceará. O 1 a 1 acabou sendo melhor do que o desempenho da equipe. O Colorado escapou de perder no final com o chute de Mendoza - o melhor em campo - com defesa salvadora de Daniel. Mesmo fazendo 1 a 0 muito cedo, em nenhum momento, o Colorado teve o controle do jogo no Beira-Rio.
Pouca criação no meio-campo. Lindoso, Edenilson e Patrick não conseguiram se impor nas ações do setor. Lucas Ramos foi a novidade na armação. O guri sentiu a marcação. Na frente, Thiago Galhardo pouco fez. E Yuri Alberto incomodou mais a zaga cearense. Mas, nos mais de 90 minutos de partida, o goleiro Vinicius Machado não foi exigido. Em três jogos, o Inter continua sem vencer em casa no Brasileirão. Ficam mais dois pontos importantes para trás.
A escolha por Diego Aguirre para comandar o Inter parece ter sido a mais acertada por parte dos dirigentes. O uruguaio conhece os corredores do Beira-Rio. Não terá dificuldades de adaptação com o grupo de jogadores. Aguirre gosta dos seus times ofensivos e jogando com intensidade. Mas tão importante quanto a definição do treinador, a contratação de Paulo Paixão, para ser o coordenador da preparação física, foi um golaço.
Traz de volta ao clube um baita figura humana, profissional vencedor, experiente, com grande capacidade de motivação e liderança. Será uma palavra forte no vestiário. Além disso, poderá trabalhar diretamente com o preparador Fernando Piñatares, que na outra passagem de Aguirre pelo Inter em 2015 teve o trabalho muito criticado. Na época, a equipe sentia desgaste acentuado no ritmo das partidas. Depois da amostragem no empate com o Ceará, Aguirre terá muito trabalho pela frente.