Diego Aguirre chegou e passou boa parte de sua tarde de domingo (20) assistindo ao Inter jogar contra o Ceará. E, certamente, saiu imaginando que terá muito trabalho pela frente. Viu em campo um time sem criatividade, sem ânimo, atrapalhado. Uma montanha de dificuldades. Acabou ganhando um ponto, mas poderia ter perdido o jogo.
A defesa se atrapalha a cada jogo, o meio-campo não cria e os atacantes não se completam e não chegam a ser beneficiados por lançamentos dos seus companheiros. Aquele Inter que Abel deixou montado, com simplicidade na sua estrutura tática, que depois foi desmanchado completamente por Miguel Angel Ramírez, conseguiu ganhar um ponto no domingo. Não merecia.
Tudo isto foi visto por Diego Aguirre e seus assessores. O próximo jogo é na quinta-feira (24) contra a Chapecoense, na Arena Condá. Terá poucos dias para mudar alguma coisa, mas levará na bagagem a necessidade de vitória. É um mau começo de Brasileirão de um time que quase foi campeão brasileiro faz pouco tempo.
SIMPLICIDADE
Se Diego Aguirre não quiser inventar algo que os jogadores do Inter não sabem fazer, que ele reproduza a simplicidade de Abel Braga. Duas linhas de quatro, dois atacantes, sendo um deles velocista, para buscar as jogadas de contra-ataque e surpreender os adversários. Um time limitado precisa defender muito. Não é ser retrancado, nem reativo, é tão somente a ideia de defender forte e atacar sempre.