O Inter protagonizou uma eliminação constrangedora da Copa do Brasil dentro do Beira-Rio. Mesmo podendo jogar por um empate, o Colorado foi derrotado por 3 a 1 pelo Vitória, time da série B do Brasileirão e que estreava o técnico Ramon Menezes. Pela terceira vez na história, a equipe colorada é barrada pelos baianos na competição de mata-mata. Sabemos que em futebol, a corda sempre estoura na comissão técnica. Porém, é preciso ficar claro que jogadores e dirigentes também tem a sua parcela de culpa pelo momento ruim.
Sem Miguel Ángel Ramírez, afastado por covid 19, o time de Martín Anselmi desandou a partir da expulsão de Pedro Henrique, no início do segundo tempo, em lance parecido aquele que também lhe rendeu o vermelho contra o Fortaleza. O guri mostrou grande inexperiência. A escalação inicial do Inter teve Johnny, Edenilson, Patrick, Taison, Thiago Galhardo e Yuri Alberto. Várias vezes escrevi por aqui em GZH, do meio para frente, ser a escolha mais acertada. Na primeira etapa, a equipe criou várias chances e não fez. Faltou pontaria nas conclusões ou Lucas Arcanjo defendeu. A equipe mostrou boa movimentação das peças.
Porém, no segundo tempo, tudo desandou. Tendo um a menos em campo, o Colorado precisou correr mais. Fisicamente, se confirmou a impressão de cansaço que vínhamos sentindo nas etapas finais das partidas. Com isso, o psicológico afundou de vez. O Inter tomou o primeiro gol. Reagiu com Johnny. Mas acabou levando mais dois gols do time baiano. Um duro castigo. Não dá para dizer que foi injusta a eliminação da Copa do Brasil. Por mais que os dirigentes tenham dado todo o respaldo até agora, Alessandro Barcellos, na coletiva pós-jogo, não garantiu a permanência do treinador. Na sua manifestação, o presidente foi cuidadoso com as palavras para não anunciar a demissão do técnico ao microfone. Os fatos indicam que o trabalho comandado por Ramírez será descontinuado. O vento da mudança está soprando pelas bandas do Beira-Rio.