Tragicamente, o Inter se repetiu. Depois do 5 a 1 para o Fortaleza no Brasileirão, no último domingo, agora a eliminação na Copa do Brasil em casa, apanhando de 3 a 1 do Vitória, da Série B. A única chance de título no ano, se é que existia, caiu por terra. E o prêmio de R$ 2,7 milhões, tão importante para as finanças.
Tudo só parecia ir bem, com uma chance criada e outra acolá, mas sem contundência e energia. Aí vem um episódio negativo, que foi a expulsão, de novo, de Pedro Henrique, a 5 minutos do segundo tempo. O time, fraco mentalmente, desaba emocionalmente. Levou um gol de rebote no qual todos dão mandrake e não acompanham o atacante após chute de fora da área. Parecia colégio.
Empatou na sorte, de bola parada, sem nada da construção pretendida. Em seguida tomou dois gols. O Inter de Miguel Ángel Ramírez, aliás, sofre gols e mais gols, de qualquer time. Defende-se muito mal e não sabe ser ofensivo de verdade. Ou seja: coletivamente, tem quase nada. A cada jogo piora.
Será muito complicado manter o técnico espanhol, vendo o time se esfarelar dessa maneira, com o 2021 perdido em junho, vexame atrás de vexame, humilhação atrás de humilhação. Resta, talvez, lutar para não ser rebaixado, evitando um desastre maior.
Tem a Libertadores, mas desse jeito? Vou repetir. A pergunta a ser respondida é: qual o preço que o Inter suporta pagar à espera do jogo de posição acontecer?
Diante do cenário atual de desintegração, não duvido que o próprio Ramírez, correto como sempre foi, tome a iniciativa de pedir para sair. As próximas horas serão decisivas.