A nova manifestação do governador Eduardo Leite, no início da tarde desta quarta (1º), deixa claro que a volta da bola rolando nos gramados retorno do Rio Grande do Sul está longe de ser uma realidade. No atual momento, com a aceleração da curva de contágio pelo coronavírus e o aumento da ocupação das UTIs na região metropolitana de Porto Alegre, a liberação dos treinos coletivos está fora de cogitação.
Ficou evidente que não há ponto de negociação. O governador apenas confirmou o que já havia dito no início da semana, que o futebol não é prioridade. A argumentação de Eduardo Leite também indica que, por ser um esporte onde é inevitável o contato físico, o futebol tem comprometida a segurança sanitária. Somente os treinos individuais podem continuar sendo realizados. Por isso, o Grêmio parte para Santa Catarina. Por enquanto, o Inter não pretende sair do Estado.
Com todo este quadro, fica inviável o desejo da Federação Gaúcha de Futebol de voltar o Gauchão ainda no mês de julho. E pela projeção que podemos fazer, se a dupla Gre-Nal pensar em jogar o Brasileirão, a partir de agosto como pretende a CBF, terá que ser em uma cidade fora do Rio Grande do Sul.
O futebol não terá privilégios em relação a outras atividades econômicas, por mais que invista recursos para adotar todos os protocolos rígidos de segurança. Seguimos em meio ao nevoeiro, sem saber exatamente o que vem pela frente.