Faltaram quatro minutos para o fim da série sem vitórias, dos 43 dias sem ganhar. O 1 a 1 com o Palmeiras veio no final e manteve o céu cinza sobre o Beira-Rio. Mas esse empate começou a se cristalizar bem antes desses quatro minutos.
Depois de um primeiro tempo de alto nível, em que teve chance de fechar com 2 a 0, com controle, construção e produção ofensiva, submeteu-se ao Palmeiras no segundo. Passou de um jogo de controle para um de sobrevivência.
Quando se adota essa postura e se deixa a bola com o adversário, aumenta o risco de uma das tantas investidas dele encontrar espaço e frutificar. Foi o que aconteceu no gol e Rony, numa escapada em que aproveitou um desajuste da zaga.
Foi possível ver muito clara a mão de Roger no time. Bruno Henrique e Rômulo jogam alinhados, com o segundo saindo mais, por sua vitalidade maior, embora menos refino. O jogo é mais direto, com a saída de trás sendo feita pelos dois zagueiros e não mais com um lateral ou o volante afundando entre eles.
Muitas vezes, Rochet fez a bola viajar direto, para a disputa pelo centroavante. Em uma ocasião, Enner levou vantagem, e o Inter teve a chance de matar a partida. Mas, em quase todas as demais, a bola bateu e voltou.
O fato é que o Inter, no começo de agosto, recomeça e busca forma pelas mãos do novo técnico. O empate deixou o time com a cabeça fora do Z-4, mas como vem descendo na tabela, essa vizinhança tem outra feição. E ela não tem nada de beleza.