O Huachipato expôs ao Grêmio que a vida pós-Gauchão exige bem mais. Mais alternativas de grupo, mais ajustes táticos e, principalmente, mais qualidade técnica. Os erros cometidos na derrota para os chilenos vêm se repetindo ao longo deste ano.
O Juventude, por exemplo, não soube aproveitá-los. O Huachipato, sim. Há espaços demais na defesa do Grêmio. O segundo gol, em lateral, tem jogador livre na frente da área, e isso tem sido uma constante. Sempre que tentaram algo, os chilenos encontraram caminhos na defesa gremista.
É preciso , claro, colocar nessa conta o desgaste físico, o fato de o time, 72 horas depois de uma final, estar em campo outra vez. Isso se acentua quando se enfrenta um rival que passou a semana apenas treinando e se preparando para atuar nesta terça-feira (9) na Arena.
Só que esse está longe de ser ponto central da derrota que complica o Grêmio na Libertadores. Há necessidades técnicas pelas quais o restante do ano mandará a conta. Faltam mais alternativas que, talvez, julho possa ser tarde para agregar.
O ponto é que fragilidades do time ficaram mais evidentes contra um rival de um patamar mais superior. Não muito mais superior, que fique claro. O Huachipato é organizado, veloz e tem algumas individualidades, como seu lateral, Loyola, o zagueiro Gazzolo e os volantes uruguaios Da Silva e Montes e o centroavante Maxi Rodríguez. Isso o coloca bem acima dos rivais enfrentandos nos mata-matas do Gauchão. Afinal, estamos falado do campeão chileno, e algo de hierarquia há nisso.
Só que, daqui para a frente, o patamar será do Huachipato para cima no Brasileirão, na Copa do Brasil e, evidentemente, na Libertadores. É esse o ponto. O Grêmio terá cinco jogos em 16 dias a partir de domingo (14), quando estreia no Brasileirão contra o Vasco. Nesse pacote, estão viagens ao Rio e a Salvador e jogo que virou final contra o Estudiantes, em La Plata.