A Kelly Matos é uma pessoa dentro de um coração. Incrível a capacidade que ela tem de fazer o bem, de entender um momento e fazer dele algo grande para o outro. Empatia é isso. A Kelly tem o dom da empatia em todos os níveis. Nesta segunda-feira (11), ela encontrou a minha mulher e os meus dois filhos ali no prédio da RBS. Haviam ido lá porque, neste começo de semana, a RBS entregou os kits de final de ano e abriu as portas para as famílias dos funcionários. Tinha até um Papai Noel para abraçar a criançada. A RBS, como empresa familiar, sabe como poucas reforçar laços de afeto.
Como estou do outro lado do oceano, a Nádia, minha mulher, ficou com a missão de buscar o kit. Claro, levou meus dois pequenos, o Tiago, de 10 anos, e a Maria Rita, de seis. Eles não perdem a chance de ir na RBS. Adoram a acolhida que sempre recebem, o ambiente de redação, os estúdios. Com Papai Noel junto, era o pacote completo.
Eu sabia dessa visita. Havia alinhado tudo daqui de Barcelona. O que eu não sabia era que a Kelly passaria ali pelo hall de entrada da RBS, os encontraria e os arrastaria até o estúdio. Eles ainda tietaram os guris do Pretinho e ganharam até regalos. Eis que, no meio do Sala, fui surpreendido pela invasão da minha família no estúdio.
Faz 60 dias que saí de Porto Alegre. A tecnologia ajuda a aplacar a saudade, mas sem calor. Que foi tudo o que tive no Sala. O Pedro e o Guerra, com a bondade de avôs que são, quebraram o gelo. O César cedeu o lugar para a Maria Rita, o Diogo, para o Tiago. O Maurício, paizão do Gael, ajudou o Tiago com o microfone. O Potter foi para o lado deles fazer as honras de anfitrião. Eu, claro, fiz um esforço sem fim para não chorar ao vivo. Eles não viram, mas correu lágrima aqui.
O Sala é isso, é debate, é chapa quente e é derretimento puro em afeto. O mesmo que sobra na Kelly, aquela que é uma pessoa dentro de um coração. Eu aqui só tenho de enxugar as lágrimas e agradecer pelo carinho com os meus.