Madri ainda parece sem acreditar que Carlo Ancelotti cruze o oceano para assumir a Seleção. Enquanto o assunto fervilha nestes dias de Seleção aí no Brasil, por aqui segue frio como os dias de outono na capital espanhola. Há poucas menções e uma aposta alta de que o técnico seguirá no Real. Apoiam-se no gigantismo do clube, na relação de estrita confiança dele com o presidente Florentino Pérez.
Um artigo assinado pelo jornalista José Félix Díaz, no Marca deste fim de semana, tem até um ar de soberba em relação à disputa que se avizinha. Díaz traz a informação de bastidores de que, nos corredores do Santiago Bernabéu, se diz que Ancelotti é o melhor nome para conduzir o jovem time do Real na próxima temporada e que o clube ainda analisa se a proposta será de dois anos. Ou de somente um, mas com possibilidade de um segundo ano em renovação automática. Uma oferta será apresentada nos próximos dias.
No ambiente da Seleção, a confiança está na mesma medida. Nos bastidores da Granja Comary, o nome de Ancelotti é presente em conversas à boca-pequena. Ninguém confirma no microfone, mas também não nega fora deles.
Em entrevista ao podcast Charla, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, foi o primeiro a confirmar sem rodeios. Ele contou os bastidores do convite de Ednaldo a Fernando Diniz e revelou que, na reunião feita na CBF, a promessa era de que o técnico do Fluminense ficará até a chegada de Ancelotti, em junho.
Tanto que Diniz seguirá acumulando os dois cargos até lá. Semanas depois, em novo encontro com Ednaldo, Bittencourt questionou se o acordo seguia de pé. O presidente da CBF confirmou que nada mudaria. Em junho, Diniz volta a ser exclusivo do Flu, e Ancelotti se apresenta na Seleção.
Tudo isso depende, no entanto, de um sim de Ancelotti. É pendurado nele que está todo o projeto da Seleção neste ciclo de Copa 2026.