Faltam três pontos para a temporada do Inter acabar. Há boas chances de virem nesta noite, contra um Fluminense que mal treinou antes de embarcar para Porto Alegre. Está ainda numa merecida e justa ressaca pela conquista da Copa da Libertadores.
Pouco mais de um mês depois, 35 dias para ser exato, os dois clubes voltam a se encontrar no Beira-Rio. Para o Colorado, é o primeiro jogo do fim do ano. Para o tricolor carioca, o primeiro de um novo mundo em que ingressou depois de ganhar a América.
Mesmo que seja um jogo sem peso, ao Inter representa a chance de resolver sua vida de uma vez por todas. Foi o que restou numa temporada em que esteve próximo de tocar o céu com a Libertadores. É pouco, muito pouco. Porém, os grandes tombos deixam lições, é preciso aprender com eles para seguir em frente.
O Inter, que entra agora em um período eleitoral, o qual promete ser efervescente, precisa saber porque nesta partida de quarta-feira (8), às 19h, ele não será o Fluminense, ainda inebriado pela conquista de sábado (4). Tem de perceber o que faltou para chegar à final da Libertadores, em nomes no campo, em ajustes fora dele, em processos pelos quais ainda precisa passar.
O planejamento do Fluminense deve servir de inspiração
O Fluminense não ganhou essa Libertadores no sábado. Começou a vencê-la quando Mário Bittencourt foi eleito, em junho de 2019. Assumiu um clube cujo presidente havia renunciado e estava com salários atrasados, além do 13º de 2018.
Mário passou a vender jogadores para colocar a casa em ordem. A lista é longa: Pedro, João Pedro, Kaiki, Metinho, Evanilson, Luís Henrique, Matheus Martins, só para citar os mais conhecidos. Até o final de 2022, havia vendido R$ 243 milhões em jogadores. Ganhou fôlego, pagou dívidas e foi montando seu time com precisão de ourives.
Cano foi pego livre do Vasco, rebaixado. Arias veio do Santa Fé. Samuel Xavier estava livre no Ceará. Keno sobrou na reforma do Atlético-MG. A eles, foram agregados joias da base, como André e Alexsander, além do resgatado John Kennedy. Diniz foi e voltou em 2022 para conduzir o time.
Assim, esse Fluminense se construiu e ganhou a América. O Inter, em meio de caminho ainda, o reencontra nesta noite. Mais uma chance de olhar para o outro lado e perceber o que ainda falta para repetir a caminhada dos cariocas.