O Brasileirão está aberto. Não estava até duas, três rodadas atrás. Mas o Botafogo permitiu que a disputa fosse reaberta e quem estivesse em sua perseguição virasse candidato. O Grêmio, com 12 pontos em 12 possíveis nos últimos 10 dias, entrou nessa corrida e, sim, é postulante ao título. A tabela permite sonhar.
Se é verdade que o Grêmio desses 12 pontos tem ressalvas quanto ao rendimento, é verdade também que buscou resultados em um momento decisivo do Brasileirão. Justo quando o campeonato começava a ficar a perigo para o time, com a queda do G-4 para a borda do G-6, veio essa sequência.
Renato convenceu-se de que a ideia de três zagueiros equilibra melhor o time. Dá a sustentação para o enfrentamento e cria o cenário para que, em segundo momento, possa ficar mais agressivo com as mudanças. Este Grêmio ainda não tem cacife para jogar menos recheado do meio para trás. Precisa de resguardo maior antes de se tornar mais agudo a partir da entrada dos extremas. Aliás, o jogo contra o Bahia foi o primeiro sem levar gol depois de sete partidas.
Foi assim, por exemplo, no sábado. Ferreira entrou no lugar de Uvini no intervalo. Depois, na metade do segundo tempo, foi a vez de Besozzi ocupar a vaga de Cristaldo, passando Ferreira para uma função de meia mais central. Fica claro que Renato tem uma estratégia clara, de criar um cenário produtivo para Suárez.
Nem poderia ser diferente. Porque ele decide. No sábado, fez seu 11º gol no Brasileirão, além de ter dado 10 assistências. Ou seja, participou de 21 dos 53 gols do time no campeonato. Ou o equivalente a 40%. O que explica muito deste Grêmio, sim, estar na corrida do título.