Serão quatro semanas intensas e trepidantes no Beira-Rio. Sem dúvida alguma. Não passará pelo campo, é bom que se diga. O Inter precisa de dois pontos para evitar qualquer risco de Z-4.
A questão é que o clube entrou numa campanha eleitoral que está fazendo os bastidores fervilharem. Tudo será motivo de discussão e guerra de narrativas nas redes sociais. Aliás, as redes sociais identificadas com o Inter dariam uma boa tese de mestrado em comunicação ou um TCC para lá de fornido de jornalismo. Tem cada movimento ali que assusta quem começou nessa profissão ainda na era analógica.
Mas voltamos ao Inter. O desafio do associado neste final de ano é, sugestão desse escriba, aprofundar-se no que pensam os dois candidatos, buscar se inteirar do que apresentam em seus planos de gestão, que passos imaginam para o clube neste próximo triênio. O futebol brasileiro está passando por uma revolução em sua gestão.
Mais, os clubes estão muito perto de dar o passo rumo à maioridade assumindo o controle e a organização de uma liga. Ela vai sair, podem ficar certos disso. Ninguém é louco de rasgar dinheiro. O que acontece agora é uma queda de braço para saber quem terá mais ou menos influência e cota.
Portanto, colorados, não se percam no debate da superfície. Ele é mais simples e de rápido acesso, mas o momento exige que você dê um mergulho mais profundo. Questione, por exemplo, seu candidato sobre o que pensa em relação à SAF. E que modelo de SAF acredita ser mais próxima do perfil do Inter.
Outro ponto, que medidas ele pretende adotar para encarar uma dívida de R$ 600 milhões. Qual seu projeto de futebol e que perfil de contratações pretende fazer para dar qualidade ao seu técnico sem deixar o vice de finanças sem dormir. Como pretende fugir da dependência de venda de jogadores para sobreviver.
Enfim, esses são apenas alguns pontos. Há vários outros. Porém, é fundamental buscar saber o que pensam os candidatos sobre eles. Embora, seja mais fácil ficar na superfície.