O Betis seguia Johnny desde o começo deste ano. Na época, António Cordón era o diretor esportivo do clube e havia listado o volante na sua lista de compras. O negócio não saiu. Cordón esteve, inclusive, reunido com a direção do Inter em janeiro, quando veio ao Brasil buscar o lateral-esquerdo Abner Vinícius, do Athletico-PR. Ele deixou o cargo em fevereiro, mas a sugestão de levar Johnny foi seguida. Em agosto, houve nova investida, mas a pedido de Coudet o negócio acabou sendo esfriado.
O Betis veio a Porto Alegre para ver Johnny de perto. Observadores do clube andaluz foram ao Beira-Rio assistir ao jogo contra o Fluminense. Em que pese a eliminação colorada, o volante teve boa atuação naquela partida. Depois disso e com as convocações para a seleção dos EUA, veio a certeza de que o negócio teria de ser fechado.
A oferta, que iniciou em 4 milhões de euros lá em janeiro, bateu nos 6 milhões de euros agora. A busca por Johnny é uma antecipação à iminente perda do argentino Guido Rodriguez, cujo contrato acaba na metade do ano e há sinais claros de que ele pretende buscar um contrato longo em outro clube.
Johnny desembarcará na Andaluzia em um dos clubes mais tradicionais da Espanha, mas que busca seus melhores dias. Atualmente, ocupa a nono lugar na tabela, com três vitórias, cinco empates e duas derrotas. No Betis, o volante será comandado pelo chileno Manuel Pellegrini, um técnico experiente, de 70 anos, e que já figurou entre os nomes de ponta da Europa.
O time conta com os brasileiros Abner, William José, aquele mesmo ex-Grêmio, e Luiz Henrique, atacante revelado pelo Fluminense e negociado em 2022. O zagueiro argentino Pezzella, campeão do mundo, o português William Carvalho, o espanhol Isco e o marroquino Fekhir são alguns dos nomes conhecidos. Johnny pode chegar a tempo de jogar a Liga Europa. O Betis, inclusive, enfrenta o Limassol nesta quinta (26).