Não era missão das mais fáceis a que recebeu Martín Demichellis. O ex-zagueiro deixou o sub-23 do Bayern de Munique e atravessou o oceano para substituir Gallardo, seu ex-companheiro de time e de oito anos tão vencedores no River. O treinador que virou uma estátua de 8 metros no Monumental de Núñez.
Miche, como é chamado pelos argentinos, fecha seu primeiro semestre no cargo com missão cumprida. Está muito perto de conquistar o título argentino. Entrará em um seleto grupo de nomes como Labruna, Di Stéfano, Simeone, Gallego e Astrada, técnicos que conquistaram título nacional no primeiro ano no cargo.
Ficou claro o planejamento de Demichellis nesta largada. Como substituía uma estátua, apostou todas as fichas na conquista do primeiro título possível, o Argentino, que se desenrola todo no primeiro semestre. Isso explica, em parte, a campanha vacilante na fase de grupos da Libertadores. O objetivo, na Copa, era classificar. Não interessa em quais posição e circunstâncias.
Nesse meio tempo, de um campeonato que nesta semana chegou à 23ª rodada de 27, Demichellis foi ajustando o time e colocando a sua mão. Esequiel Barco, joia do Independiente campeão da Sul-Americana em 2018, voltou dos EUA com Gallardo e, agora, virou referência. Beltrán voltou mais maduro depois de brilhar no Colón e se tornou artilheiro.
A discussão hoje é mais sobre o sistema: cinco meio-campistas ou o 4-1-3-2, em que um dos volantes sai para a entrada de Solari. O que é quase nada para quem precisou suceder o maior ganhador da história do clube.