Sobrou disposição, mas faltou o gol e um pouco mais para o Inter abriu o placar e evitar o empate sem gols neste sábado (1º), no Beira-Rio. O time colorado buscou até o final, se entregou, mas esbarrou em um adversário duro, organizado e muito ciente de seus movimentos dentro de campo.
O Cruzeiro do português Pepa é um time competitivo, que joga em alta voltagem, inverte a bola a todo o tempo e acelera sempre em direção do gol. O que serve de recado ao Inter. O mês de julho reserva rivais de uma prateleira diferente daqueles que foram enfrentados em junho, em um mês no qual o time engatou nove jogos sem perder.
Sem qualquer sombra de dúvida, a grande notícia da noite fria no Beira-Rio foi Aránguiz. Chamado aos 18 minutos do segundo tempo, ele substituiu Mauricio e permitiu a Mano montar um tripé no meio, com Rômulo mais recuado, com o chileno e De Pena alinhados à frente.
Aránguiz, nesses 37 minutos em campo (o jogo foi até os 55), mostrou que pode dar ao meio-campo um toque de mais qualidade e dinamismo. É evidente que não será o mesmo jogador de oito anos atrás, mas ele faz o meio-campo andar por caminhos menos erráticos.
No restante, a noite colorada foi de consolo com a abnegação do time em busca do gol. Nada mais do que isso. O primeiro tempo foi todo do Cruzeiro. Em três ocasiões, foi necessária a intervenção salvadora de John. Os mineiros encaixaram a marcação e empurraram o Inter para trás. Quando os colorados saíram, eles contra-atacaram como se estivesse numa via expressa.
No segundo, Mano colocou De Pena no lugar de Johnny, apagado, e buscou equilibrar os duelos individuais. Conseguiu igualar o jogo. Porém, faltou ser contundente. Mesmo com um jogador a mais por 30 minutos, não conseguiu chegar ao gol. Sobrou energia. Mas só ela é pouco. Ainda mais que virão rivais da primeira prateleira nas próximas semanas.