Desta vez, o roteiro foi diferente, mas o final foi mesmo. Mas foi por aqueles pecados do futebol. O Inter cedeu o empate de 1 a 1 para o Nacional no final e saiu do Parque Central com muito a lamentar.
Fez uma atuação sólida, foi superior em quase todo tempo e mostrou uma imposição física que o fez encarar os uruguaios e amainar a pressão de 34 mil pessoas no Parque Central. Porém, um vacilo em uma bola aérea, originada de cobrança de falta, ficou tudo para o Beira-Rio, no dia 28. Será mais uma decisão, um mata, na conta dos colorados.
Assim, será preciso superar fantasmas recentes e antigos e mostrar, diante da torcida, que há fibra e controle emocional para vencer e seguir adiante na Libertadores. Aliás, esse empate faz com que o Inter chegue à última rodada com chances de ser primeiro do grupo.
Mano Menezes optou por Ígor Gomes na lateral-direita e Rômulo como volante. Armou seu 4-2-3-1 com De Pena do lado direito, PH na esquerda e Alan Patrick como o maestro de sempre. Aliás, a atuação dele está entre aquelas de enquadrar.
Foram dele os lances de maior brilho e o gol, aos 17 do segundo tempo. A vantagem deixou tudo à feição do Inter e desenhou o jogo ao seu molde. Porém, faltou a efetividade para fazer o segundo e liquidar. Mano, outra vez, apostou em Alemão, cuja fase está muito longe de ser inspiradora. Preteriu Lucca, e pagou por isso.
O Nacional trocou volantes por atacantes, e o Inter recuou para fechar espaços. Os uruguaios jogam muito com a força de sua camisa, o calor de sua torcida e em um jogo vertical, de muita bola lançada para a área ou para a velocidade dos seus atacantes.
Estava nítido que Álvaro Gutiérrez fecharia questão com o empate antes do jogo, se pudesse. Afinal, com um ponto, ele precisa apenas ganhar do Metropolitanos, em casa, para avançar. Quando se viu em desvantagem e praticamente eliminado, foi para o tudo ou nada.
Levou o tudo. Para o Inter, ficou o amargor de ver a classificação antecipada escapar. Mas, se serve de consolo, jogou em bom nível por mais tempo e não acusou o cansaço que o vem derrubando. O que já é um alento.