A torcida do Grêmio fez o que nem a gestão anterior nem a atual fizeram: definiu o destino de Thiago Santos fora da Arena. Thiago Santos, é bom sempre frisar, desembarcou em Porto Alegre porque teve sua contratação pedida, na época pelo técnico Renato Portaluppi, e referendada pela direção, que pagou por ele US$ 1,2 milhão. Não fosse isso, seguiria sua vida em Dallas, onde jogava na MLS. Ou seja, nunca obrigou ninguém a oferecer-lhe um contrato nem mesmo pagar o salário de padrão elevado, se levarmos em conta a média na Série A.
O volante sempre foi um jogador cumpridor de suas obrigações. Nunca esteve envolvido em questões extracampo, até onde se sabe, e despontou neste novo grupo montado pela atual gestão como um dos líderes. Isso, aliás, era muito levado em conta pela direção e pela comissão técnica.
Só que, no campo, com a bola, Thiago nunca foi nem perto do jogador pelo qual o Palmeiras pagou a multa rescisória para tirá-lo do América, em 2015. Por isso, nunca caiu nas graças da torcida. Foi uma relação que nunca teve cor. Mas teve, isso, sim, episódios em campo com os quais acabou tatuado.
Thiago parte para um novo desafio, em outro ambiente. O Grêmio, por sua vez, vê sua folha desinchar e abre espaço para que a fila ande. Nela, lá no final, está Ronald, campeão sul-americano sub-20.