Eu vi um jogo de Série B na Copa do Mundo. Parece mentira, mas não é. A vitória da Costa Rica sobre o Japão mostrou o lado b do Mundial aqui no Catar em sua melhor versão. Se é que há melhor versão quando duas seleções mostram tão pouco tecnicamente.
Os costarriquenhos venceram, respiraram e garantiram uma sobrevida. Porém, quem comemorou como se fosse sua essa vitória foram os alemães. Com o resultado, independentemente do que acontecer no confronto com a Espanha, no fechamento do domingo aqui no Catar, os tetracampeões chegarão com chance na última rodada.
Aqui no mundo árabe, a segunda-feira é o domingo. A semana deles começa no domingo e termina na quinta, já que sexta-feira é o dia dedicado às orações. Bom, explico isso para dizer que o mundo árabe não merecia começar sua semana com um jogo de tão baixo nível técnico. O Japão deixou claro que a vitória sobre a Alemanha foi uma epopeia. Contra Costa Rica, quando tinha de mostrar força, começou com uma ideia defensiva, linhas baixas e jogo baseado em contra-ataques. Deixou no banco, por exemplo, Asano, o herói da vitória sobre a Alemanha, jogador do Bochum, e Minamino, o camisa 10, do Monaco. Pagou caro.
A Costa Rica fez a sua história na Copa. A partir de agora, pode curtir os últimos momentos da geração de Keylor Navas, Briam Ruiz, Celso Borges, o filho do brasileiro Alexandre Guimarães, e Joel Campbell. Sua missão aqui em Doha está cumprida. A Alemanha agradece.