A Copa do Mundo vive de histórias inesperadas. Depois de uma primeira rodada na qual o Japão venceu a Alemanha e Costa Rica foi humilhada pela Espanha com uma goleada de 7 a 0, parecia certa uma vitória japonesa no confronto entre as duas equipes pela segunda rodada. Mas não foi isso que aconteceu neste domingo (27). Um gol de Fuller, aos 35 minutos do segundo tempo, garantiu uma surpreendente vitória da Costa Rica sobre o Japão que embola o grupo E da Copa do Mundo.
Com o resultado, Costa Rica e Japão somam os mesmos três pontos da Espanha, que enfrentará a Alemanha, zerada, logo mais, às 16h. Na última rodada, na próxima quinta-feira (1º), às 16h, o Japão vai encarar e Espanha enquanto a Costa Rica terá pela frente a Alemanha.
Após estreias antagônicas, Japão e Costa Rica se encontraram no Estadio Ahmed bin Ali para abrir a segunda rodada do Grupo D. Os japoneses embalados pela virada sobre a poderosa Alemanha, os costarriquenhos em busca de uma reação após a humilhante goleada de 7 a 0 para a Espanha.
Depois do vexame na estreia, o técnico Luis Fernando Suárez optou por mudanças na Costa Rica. O zagueiro Waston foi novidade no lugar do lateral Carlos Martínez para a equipe defender em linha de cinco. No setor ofensivo, Bennete deu lugar a Gerson Torres. No Japão, Hajime Moriyasu manteve Asano, o autor do segundo gol contra a Alemanha, no banco.
A Costa Rica encontrou solidez defensiva com a nova formação, ainda que pese a diferença de qualidade ofensiva entre Espanha e Japão. Os japoneses, que diante da Alemanha tiveram sucesso atacando os espaços deixados pelo adversário, dessa vez encontraram um cenário de um adversário em bloco baixo e tiveram a necessidade de criar o espaço.
Faltou criatividade para o time de Hajime Moriyasu conseguir ameaçar o goleiro Keylor Navas. O primeiro terminou com a Costa Rica tendo mais finalizações, três contra duas. Nenhuma das equipes, porém, conseguiu acertar o alvo.
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Após 45 minutos de poucas emoções, os dois times foram para o intervalo com a certeza de que precisavam melhorar ofensivamente para tirar o zero do placar.
Com a atuação ruim da primeira etapa, Moriyasu fez duas mudanças no Japão para a etapa final. Herói contra a Alemanha, Asano entrou na vaga de Ueda. O lateral-esquerdo Nagatomo deu lugar a Hiroki Ito. Com isso, a seleção japonesa passou também a jogar com sistema de três zagueiros, repedindo a estratégia que funcionou com sucesso no segundo tempo diante dos tetracampeões do mundo.
As mudanças deram certo para o Japão. Depois de terminar o primeiro tempo sem acertar nenhum chute no gol, os japoneses tiveram duas chances com apenas dois minutos, uma delas com Asano. Em ambas, Keylor Navas apareceu bem para impedir o gol.
No total foram seis finalizações do Japão nos primeiros 15 minutos. Aos 16, Endo fez uma bela jogada individual e acabou derrubado por Borges próximo da área. Doan realizou a cobrança, mas mandou por cima do gol de Navas.
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Diante do crescimento do Japão, Luis Fernando Suárez se viu obrigado a mexer em sua equipe. Bennette e Aguilera entraram nos lugares de Contreras e Torres.
O Japão seguiu superior na partida, mas sem efetividade. Quem teve isso foi Costa Rica. Aos 35 minutos, na sua primeira finalização no alvo na Copa do Mundo,
a seleção costarriquenha chegou ao gol. Destaque contra a Alemanha, o goleiro Gonda falhou no chute de Fuller que garantiu o 1 a 0 para a Costa Rica, um duro castigo para os japoneses, que até tentaram reagir, mas não conseguiram vencer Keylor Navas.
FICHA TÉCNICA
Grupo E - 2ª rodada - 27/11/2022
Japão
Gonda; Yamane (Mitoma, 16’/2ºT), Itakura, Yoshida e Nagatomo (Hiroki Ito, INT); Morita e Endo; Ristu Doan (Junya Ito21’/2ºT), Kamada e Yuki Soma (Minamino, 37’/2ºT); Ueda (Asano, INT). Técnico: Hajime Moriyasu
Costa Rica
Navas; Fuller, Óscar Duarte, Waston, Francisco Calvo, Oviedo; Celso Borges (Salas, 44’/2ºT), Tejeda, Gerson Torres (Aguilera, 19’/2ºT), Joel Campbell (Chacón, 50’/2ºT); Anthony Contreras (Bennette, 19’/2ºT). Técnico: Luis Fernando Suárez.
GOL: Fuller (C), aos 35min do 2º tempo.
CARTÕES AMARELOS: Yamane, Itakura, Endo (J); Contreras, Borges, Calvo (C).
PÚBLICO: 41.479.
Arbitragem: Michael Oliver, auxiliado por Stuart Burt e Simon Bennett (trio inglês).
VAR: Jerome Brisard (FRA).
Local: Estadio Ahmed bin Ali, em Al-Rayyan.