
A partida Dinamarca x Tunísia foi disputada com protocolo de Copa, gramado de Copa, estádio de Copa e público entusiasmado de Copa. Só faltou o futebol de Copa. Confesso que bocejei em determinado momento da partida comentando aqui do nosso estúdio no IBC, o International Broadcasting Center. Foi um 0 a 0 de muito empenho, muito esforço e nenhuma inspiração. A qualidade da Dinamarca ficou no hotel. A da Tunísia... Bom, deixa assim.
O fato é que Tunísia e Dinamarca se anularam com sistemas parecidos em campo e ideias semelhantes. Se fechavam em linha de cinco quando atacadas, congestionavam a frente da área. Só se diferenciavam na fase ofensiva. A Dinamarca tentava com a qualidade dos seus meias de alta capacidade, como Ericksen e Olsen, além de Hojberg, chegando de trás, envolver com triangulações. A Tunísia apostava no desarme seguido de transições rápidas. Com algumas exceções, avançou as linhas e tentou roubar a bola no ataque. Mas isso foi bissexto.
Assim, o jogo ficou enredado e virou uma disputa muito física. Kasper Hjulmand mudou o sistema no segundo tempo, tirou um dos zagueiros, espetou seus alas, trouxe Ericksen para armar e tornou o seu time mais ofensivo. Assumiu o controle, mas parou numa marcação severa dos tunisianos. E, assim, se construiu um 0 a 0 sem sal no Education City. Foi o primeiro jogo sem gols nesta Copa. O primeiro que comentei na Gaúcha. Espero que não seja nada pessoal dos Deuses do futebol comigo.