A ideia de jogo de Roger Machado está sustentada em um sistema defensivo eficiente e um ataque com precisão cirúrgica nas poucas chances que surgirão. Nas duas primeiras rodadas, faltou a segunda parte. A defesa até funcionou de forma razoável. Levou um gol em dois jogos. Porém, no ataque, foram 180 minutos sem gol. Portanto, está longe de ser coincidência a vitória do Grêmio sobre o Guarani acontecer justamente quando Diego Souza está de volta.
Foram dele os três gols no 3 a 1 sobre os paulistas. Foram quatro finalizações a gol do centroavante. Três delas pararam no gol. O que deixa claro o quanto ele será fundamental nessa caminhada de volta à Série A. E o quanto precisará ser cuidado e monitorado para evitar a repetição das duas lesões que o tiraram de ação de quase a metade dos jogos deste 2022.
Mesmo estando em campo em 10 dos 19 jogos do Grêmio na temporada, Diego Souza já dispara como goleador. São oito em 10 jogos. Um sinal de alento, visto que ele vem de duas temporadas com números significativos. Em 2020, foram 28 gols e o status de artilheiro do Brasil. Em 2022, mesmo reserva de Borja em vários jogos, fez 24.
Volante de origem, meia por característica e centroavante por aptidão, Diego já persegue números significativos na história gremista. Ele está a dois gols de igualar-se Jonas e chegar ao topo do ranking de goleadores gremistas neste século. Com os três de quinta-feira, ultrapassou Renato e já mira o G-15 do ranking. Neste momento, Diego tem 76 em 179 jogos. Sendo que 16 foram como volante nos 64 jogos da primeira passagem, podemos dizer que a média como centroavante é ótimo. São 60 em 115 partidas. Média de 0,52 por partida. Se a mantiver nesta Série B, uma parte significativa desta travessia de volta à elite estará cumprida.