Será o primeiro grande teste do Grêmio de Roger na temporada. Aliás, podemos dizer que será também uma prévia do que virá a partir de abril, quando começa a Série B. Sim, eu sei que o Mirassol joga a Série C. Porém, o investimento e o perfil do time montado para ao Paulistão é muito semelhante ao de boa parte dos rivais que o Grêmio encontrará no caminho de volta à elite.
Há jogadores rodados e figuras carimbadas da Série B, como Camilo, e emergentes com fome de sucesso, como a dupla de ataque formada por Zeca e Fabrício Daniel, ambos de 24 anos. Essa foi uma das razões pelas quais Roger, por exemplo, tinha decidido preservar Diego Souza no clássico de sábado. Se os marginais não tivessem impedido o Gre-Nal de sair, Diego Churín seria titular, enquanto Diego Souza era calibrado para atuar nesta noite, no noroeste paulista. Uma outra razão, claro, é a econômica.
O avanço na Copa do Brasil representa o ingresso de R$ 1,5 milhão. Em outros tempos, essa seria uma receita quase protocolar no caixa. Na situação atual, porém, embolsar essa quantia representa bastante, além de abrir a perspectiva de seguir abocanhando as cotas polpudas da Copa do Brasil. A segunda fase reserva, por exemplo, o novato Azuriz, do Paraná. Passando por ele, há mais R$ 1,9 milhão de premiação.
Para seguir nessa estrada, Roger deve manter a ideia da estreia. Sem Villasanti, que ficou em Porto Alegre, preservado depois da pedrada de sábado, Gabriel Silva seguirá no time, e Thiago Santos ocupará a cabeça de área. Uma formação menos cautelosa em relação àquela projetada para o Gre-Nal.