A fase no Beira-Rio recomenda uma benzedeira. O Inter comemorou a venda de Yuri Alberto, em um negócio com lucro de R$ 100 milhões em 30 meses – havia pago R$ 10 milhões em agosto de 2020. As cifras seriam suficientes para pagar dívidas urgentes e buscar reforços no mercado.
Porém, na última quinta-feira, estourou a invasão russa à Ucrânia. Como a União Europeia decidiu retirar os bancos russos do sistema de comunicação interbancária Swift, como parte das sanções ao país. O Inter acompanha a profundidade dos bloqueios e monitora a situação.
O Inter e a Ucrânia (2)
O Swift sustenta as transações globais. Como a União Europeia retirou sete bancos russos do sistema, receber dinheiro da Rússia, agora, ficou restrito. Conforme apurou a coluna, o grosso da operação já foi pago pouco depois da venda, porém, há parcelas a serem quitadas no meio e no final do ano.
Com a incerteza russa, o efeito imediato no Beira-Rio é a puxada de freio nas contratações. O clube havia alinhavado a vinda de Marrony, em suaves prestações, porém suspendeu por não saber como ficarão as finanças sem o dinheiro imediato de Yuri.
Uma proposta por Brian Rodriguez havia sido enviada ao Los Angeles FC. Agora, está congelada. O Inter, diante da incerteza do dinheiro de Yuri, voltou à situação pré-venda ao Zenit. Ou seja, só serão feitas contratações sem necessidade de pagamento imediato. Ou em negócios de ocasião.