O colombiano trazido de Ibagué como uma joia de 21 anos será o centro de discussão do Grêmio. Podem apostar. Porque Campaz é um jogador colombiano. E aqui, pelo amor de Deus, não há nenhum traço de xenofobia.
Pelo contrário, sou admirador dos colombianos. Estive algumas vezes no país deles. São acolhedores, extremamente educados (talvez isso também esteja vinculado ao alto índice de leitura da população) e donos de uma simpatia ímpar. Além de tudo isso, eles são um povo alegre, festivo. Tudo sempre tendo trilha suas músicas dançantes.
Um povo, costumo dizer, joga como ele é. Se são sisudos e sérios, jogarão de forma mecânica e disciplinada. Se são alegres, de forma solta e lúdica. Não ocorrem para evitar o gol, mas para fazê-lo. É aqui que queria chegar para explicar Campaz. Seu jogo é lúdico, com a bola, improvisando com ela, como fez no gol olímpico.
Não se vá esperar do instinto de Campaz um jogador tático, que tenha leitura de jogo e se movimente como peça de xadrez. Incutir isso na cabeça dele será trabalho para Roger fazer. Os grandes jogadores colombianos na Europa passaram por essa transformação em seus perfis.
Falcão García chegou para o River ainda guri e lá foi lapidado. Cuadrado desembarcou na Udinese com 21 anos. Zapata foi para o Estudiantes com 20. Borré trocou Cali pelo Villarreal com 20. Cito alguns nomes para mostrar que Campaz é um nome com extremo potencial de futuro.
O erro do Grêmio foi buscá-lo em sua Ibagué acreditando ser um jogador pronto. E pagou por ele o que se paga, aqui no Brasil, por uma solução. E não por um atleta ainda em fase de acabamento.