O volante Fernando (se lembram dele?) acertou-se com o Antalyaspor até junho de 2023. O jogador estava no Beijing Guoan, da China, e chega com a missão de afastar o time da zona de rebaixamento.
O ex-gremista estava livre no mercado desde agosto, quando deixou o futebol chinês. Foi apresentado oficialmente na segunda-feira (17) e, dois dias depois, teve exata noção do que encontrará na Turquia. Ele foi relacionado para o jogo contra o Rizespor, fora de casa. Porém, uma forte nevasca adiou a partida, que teve de ser realizada nesta quinta-feira (20).
A nova casa de Fernando, porém, passa longe dessa geladeira. Antalya está nas margens do Mediterrâneo. É conhecida como a Riviera Turca e a capital do turismo no país. Sua rede hoteleira com bandeiras cinco estrelas recebe gente de todas as partes da Europa e de países asiáticos vizinhos. Antalya tem o mar azul turquesa recortado por montanhas verdejantes. Não à toa, muitos clubes do leste europeu, na parada de inverno, costumam fazer suas intertemporadas lá. O Shakhtar, primeiro clube de Fernando na Europa, em 2013, era um deles.
O volante, gaúcho de Erechim, tenta dar sequência à carreira depois do episódio em que seu motorista, Robson Nascimento de Oliveira, foi preso em março de 2019 por desembarcar em Moscou com duas caixas do medicamento Mytedom. Vendido sob prescrição médica aqui no Brasil, o remédio é proibido na Rússia e considerado um tipo de narcótico. O medicamento estava em uma mala enviada por pessoas ligadas a Fernando e tinha como destino o seu sogro.
Fernando, em fevereiro de 2020, trocou o Spartak Moscou pelo Beijing Guoan. Róbson foi julgado e condenado a três anos de prisão na Rússia. O jogador, inicialmente, negou que o remédio seria de seus familiares. Ele bancou a defesa do motorista, que ficou preso por dois anos e voltou ao Brasil em maio do ano passado, libertado depois de um pedido feito pelo Planalto ao presidente Vladimir Putin.