O Grêmio até melhorou em relação a si mesmo. O problema é que isso, no atual momento do time, é quase nada. Porque o Tricolor está perdido em um labirinto que ele mesmo criou, segue uma cartilha que, já vimos, tem um desfecho triste.
A derrota para o Fortaleza, no Castelão, só aumentou o calvário do torcedor, que vê crescer a sombra do rebaixamento sobre si. Thiago Gomes fez mudanças significativas no time. Manteve os três zagueiros, mas mudou a mecânica. No meio, em vez de dois volantes posicionados, como no domingo, um só, Lucas Silva, tendo como companheiro um construtor, Darlan, e um meia de ligação, Jean Pyerre. Na frente, nada do centroavante posicionado. Thiago usou Ferreira e Alisson.
O Grêmio até vigiou bem o Fortaleza na primeira meia hora. Mas, depois disso, Brenno foi a figura do time. O que diz muito.
O fato é que o Grêmio, embora tenha jogado mais agrupado, passou o tempo inteiro sendo acossado pelo Fortaleza. Embora tenha trabalhado mais a bola, sempre foi o desafiante no jogo. O que deixou o time distante da sua necessidade premente, de vencer.
Não bastassem os problemas técnicos, há uma realidade que emoldura 23 rodadas no Z-4. Quando o time precisou de mais gás no ataque, quem despontou na beira do campo foi Everton Cardoso. Depois do 1 a 0, Thiago trocou Guedes e Rodrigues por Diego Souza e Elias. Só que Diego ficou numa faixa intermediária do campo. O que mostra a falta de norte deste Grêmio que, em 15 pontos, fez um. Que em cinco jogos perdeu quatro e levou 10 gols. Números que têm feições de Série B.