O trabalho de Tiago Nunes está só no começo. São apenas 54 dias no cargo e um surto de covid no meio, em que ele próprio foi um dos contaminados. O começo com título gaúcho e vitória em Gre-Nal talvez ajude a nos esquecer que tudo está apenas se iniciando sob seu comando na Arena. Mas o treinador já tem seu primeiro espinho, e ele está justamente no setor mais fundamental do time: o meio-campo.
Tiago precisa definir o que ele quer para o seu Grêmio. Será o time com um centromédio, no caso Thiago Santos, e dois médio-apoiadores? Ou ele vai retomar a ideia de dois jogadores alinhados na frente da zaga e três meias adiante deles, como fez domingo? Se for assim, Thiago Santos se desencaixa.
Mas também não há, além de Matheus e, talvez, Darlan, jogadores com capacidade suficiente de executar a função híbrida de marcar e jogar. Maicon já não consegue ser esse jogador. Talvez por isso Tiago tenha adotado o tripé. O problema é encontrar o terceiro elemento dele, para compor com Thiago Santos e Matheus.
Jean Pyerre e Lucas Silva não deram a resposta. A fila anda, e o próximo é Darlan. Depois dele, se preciso, vem Fernando Henrique. É possível que esteja aqui a solução que equilibrará um Grêmio que já causa uma preocupação neste começo da Era Tiago.