O Inter precisa de um técnico. Urgentemente. Um técnico que recoloque uma ideia de jogo, organize o time e dê um norte para os jogadores. A primeira impressão deixada sob o comando de Osmar Loss, no 1 a 0 contra o Bahia, evaporou na noite gelada desta quarta-feira (16), na derrota de 1 a 0 para o Atlético-MG.
O que viu no Bera-Rio foi um time sem uma identidade definida e, a partir do segundo tempo, sem ordenação, buscando apenas na base da disposição um gol de empate. As trocas não surtiram efeito, pelo contrário, desorganizaram a equipe e proporcionaram uma jornada preocupante. Isso que o Atlético-MG foi muito menos do que seu potencial permite. Sem titulares, como Júnior Alonso, Savarino e Nacho, o craque do time, virou uma equipe esforçada e vertical. Ou seja, longe de ser imbatível.
O problema, portanto, foi o Inter. Edenilson, de grande atuação contra o Bahia, foi bem menos. Patrick tentou ao seu jeito, em lances individuais e de força. Tudo porque o Inter foi desordenado. A ideia de dois atacantes foi só na forma. Na prática, Yuri passou boa parte do jogo marcando as subidas de Arana, o que provocava calafrios em tempos recentes na torcida.
Galhardo foi quem fez o papel de atacante mais avançado, tentando articular para as infiltrações de Taison e Edenilson. Porém, quando elas aconteceram, o arremate fracassou. O segundo tempo foi de uma busca de resultado a qualquer custo. Até Vinícius Mello, que correspondeu, é bom que se diga, foi chamado. Caio entrou mesmo contra um Atlético-MG fechado e acabou acionado uma ou duas vezes apenas.
Foi uma noite de gelar a alma e a espinha dos colorados. Mas que mostrou o longo caminho pela frente e a urgência na definição de um nome que faça o Inter encontrar um norte.