Depois do confronto com o Atlético-MG, o Inter acelerará o processo de busca por um novo técnico. A ideia da direção é definir o nome do substituto de Miguel Ángel Ramírez até o início da próxima semana. Osmar Loss, por mais que tenha bom trânsito no vestiário, não deve ser efetivado. Os nomes de Marco Silva e Diego Aguirre seguem sendo os mais cotados, em uma lista que é reduzida após mais de duas dezenas de profissionais oferecidos desde a saída do espanhol. Uma reunião virtual entre dirigentes e candidatos é aguardada para esta quinta-feira (17).
Este, aliás, foi o mesmo procedimento utilizado no final do ano passado, quando a atual gestão, comandada por Alessandro Barcellos, entrevistou alguns profissionais e chegou à ideia de contratar o espanhol, que estava à frente do Independiente del Valle, no Equador.
Os mais cotados foram avaliados pelo Centro de Análises e Prospecção de Atletas (Capa), que apresenta relatórios, a pedido da direção. A decisão do nome, porém, é feita pelo Conselho de Gestão e pelo departamento de futebol.
Marco Silva agrada vários membros da direção. Com quase 100 jogos na Premier League e o histórico de ter sido campeão grego com o Olympiacos e da Taça de Portugal com o Sporting, é considerado um profissional qualificado. O receio, porém, se dá em razão de seu pouco conhecimento do futebol sul-americano (ainda que tenha sido ligado ao São Paulo e ao Flamengo recentemente).
Os custos para trazê-lo — cerca de R$ 750 mil mensais para toda a comissão técnica — também são avaliados. Existe a expectativa de que seja procurado nesta quinta. Por mais que tenha sido sondado por Fenerbahçe e CSKA Moscou, fontes próximas ao treinador garantem que ele dará prioridade ao Inter.
Aguirre também tem boa imagem no clube. É considerado um injustiçado pelo que passou em 2015, quando foi demitido após ter sido eliminado na semifinal da Libertadores, para o reforçado Tigres-MEX, que depois perderia a decisão para o River Plate. Contra ele, porém, há dois fatores: deixou o clube com uma marca de ter problema na preparação física; e a alta rotatividade de jogadores, o que também preocupa setores da direção. Nada, porém, que uma conversa não seja capaz de alinhar.
Por enquanto, Osmar Loss comanda o time. A possibilidade de efetivação é baixa, mesmo que o Inter ganhe os próximos jogos. A direção quer um nome mais definitivo para comandar o time pelo menos até o final de 2022.