O Benfica aterrissou no Brasil em junho para buscar o passaporte que o levaria de volta ao primeiro patamar da Europa. Levou numa tacada só melhor técnico em atividade no país, Jorge Jesus, e o único atacante efetivamente da Seleção que ainda estava por aqui, o ex-Grêmio Everton Cebolinha.
De lambuja, ainda colocou o lateral-direito Gilberto sob o braço e incluiu no pacote. Passados quase oito meses, nem o Benfica decolou rumo à elite continental, nem Jesus e Cebolinha mostraram a razão para tamanha aposta. É verdade que passou apenas um semestre, ou seja, tempo curto demais para que um jogador de adapte à nova realidade de trabalho e de vida. É nítido que a mudança afetou Cebolinha.
Mas não é só isso. Jesus ainda não conseguiu dar forma e acrescentar conteúdo a este Benfica. Os jornais esportivos portugueses já abriram a contagem para a saída dele. O fato é que, em campo, o Benfica tropeça uma vez atrás da outra. Ontem, até fez um enfrentamento contra o Arsenal (outro que está em busca dos dias mais gloriosos).
Havia empatado em 1 a 1 no jogo de ida. No de volta, na Grécia, saiu atrás, virou para 2 a 1 e estava se classificando com um 2 a 2 até os 41 do segundo tempo. Foi quando levou o gol de Aubameyang, que o tirou das oitavas da Liga Europa – antes, Jesus já havia caído para o Paok, de Abel Ferreira, na fase preliminar da Liga dos Campeões e, no Português, é quarto, 15 pontos atrás do rival local Sporting.
Everton saiu no banco. Aliás, o técnico mudou o time em cinco posições. Sobrou até para o uruguaio Darwin Núñez, atacante e uma das referências do time. O ex-gremista entrou no segundo tempo, pela direita, atuando mais numa faixa central do que aberto, como nos tempos áureos no Grêmio.
Parece tímido, sem coragem para o drible e para jogadas individuais. Cebolinha precisa acelerar. A continuar nesse ritmo, corre o risco de perder o lugar na lista de março de Tite.