O Grêmio fez um treino de luxo contra o Botafogo. Um ensaio do que será possível ver na final da Copa do Brasil, dia 28, contra o Palmeiras. O placar de 5 a 2, obviamente, tem seu peso e sua importância. Afinal, encerrou uma série de sete jogos e um mês sem vitórias.
Sem contar que reaproximou o time do quinto lugar na tabela, com os mesmos 56 pontos do Fluminense, mas um jogo a mais (ficar em quinto será importante em caso de perda da Copa do Brasil para o Palmeiras, já que garantirá vaga direta na Libertadores).
Mas, mais do que estatísticas, a goleada no Engenhão mostrou um Grêmio mais equilibrado e envolvente em boa parte do jogo. Esse resgate tem o nome de Maicon, usado por 55 minutos. Sua presença em campo muda o Grêmio da água para o vinho.
Maicon tem a capacidade de organizar o time, de colocar cada um em seu lugar e fazer com que a engrenagem funcione melhor. Foi contra um Botafogo já em processo de reformulação, com muitos jovens e sem a pressão pela vitória.
Cada um jogou pelo seu futuro e para a frente. Isso facilitou para o Grêmio. Que fez sua parte e jogou com tanta fluidez que resolveu a partida em 18 minutos. A presença de Maicon tem efeitos colaterais. Matheus Henrique cresce e aparece.
Jean Pyerre, mais do que ninguém, é favorecido. Joga mais perto do gol e, com a bola circulando mais quando regida por Maicon, sua qualidade transborda. O primeiro gol tem passe dele, o segundo, uma cobrança de falta sua, se aproveitando da inocência do jovem goleiro Diego Loureiro.
O crescimento de Jean repercute e faz, principalmente, com que Alisson e Pepê ressurjam. Foi só um treino, contra um adversário frágil e sem compromisso. Mas deu para ver que ainda há na memória desse Grêmio um futebol capaz de fazer o torcedor sonhar com o Hexa.