O sonho do tetra da América, mais uma vez, acabou em um tombo. O Grêmio levou 4 a 1 do Santos, na Vila Belmiro, e se despediu da Libertadores nas quartas de final. O placar do confronto, um sonoro 5 a 1, expõe o que foram os 180 minutos.
Em Porto Alegre, o Santos teve domínio e deixou escapar a vitória ao perder gols e levar um de pênalti nos acréscimos. Na Vila, teve domínio e fez quase todos os gols. Porque, se tivesse sido mais preciso, poderia ter encerrado o confronto antes mesmo do intervalo. Cuca fez seu time jogar como se fosse a última partida a ser disputada no mundo. Isso fez diferença. Mas não foi tudo. Há a sua mão inteira nessa classificação.
Ele já não contava com Pituca e Soteldo, esse o Marinho do lado esquerdo. Ainda perdeu Pará, líder deste jovem time, no aquecimento. Foi encontrando soluções. Assim como encontrou quando perdeu Jobson o intervalo e Marinho no segundo tempo. Acrescente-se a isso, o fato de o Grêmio entrar em uma rotação bem mais baixa. Levou 1 a 0 na saída de bola, quando os paulistas partiram para cima com uma ferocidade assustadora.
Mais uma vez, a marcação cerrada em seus volantes e a falta de sintonia e Jean Pyerre com o ritmo da decisão foram decisivas. Alisson, Sandry e Jóbson marcaram o trio de meio do Grêmio, e ali ganharam o jogo. A partir disso, Marinho e Lucas Braga cuidaram dos laterais, e Pepê e Luiz Fernando foram encaixotados por Madson e Felipe Jonathan. O resultado se viu em uma produção ofensiva precária.
Quando estava 1 a 0, Jean Pyerre e Matheus Henrique até tiveram chance de marcar, mas um acertou a trave, e o outro parou em John (terceiro goleiro até o mês passado). Depois disso, o Grêmio só ameaço mesmo quando já levava 3 a 0 e Renato havia acionado o modo desespero, trocando zagueiro (David Braz) por centroavante (Churin).
A noite acabou com o Santos fazendo o quarto gol em uma linha de passe no ataque, como se fosse um jogo de pelada. Mais uma vez, a Libertadores acabava de forma melancólica. A diferença é que, neste ano, o Grêmio vinha em curva ascendente e jogava um futebol de padrão elevado. É a isso que precisará se agarrar agora. Porque na próxima semana tem a semifinal da Copa do Brasil.