O Grêmio está nas quartas de final da Libertadores. Mesmo com um jogo ainda por disputar, dá para se antecipar e sugerir aos torcedores que concentrem suas energias em analisar Santos e LDU, de onde sairá o adversário na próxima fase.
É possível dizer isso com segurança não só pelo 2 a 0 aplicado no Guaraní, no Defensores del Chaco. Mas também porque o time resgatou o futebol dos seus melhores momentos. Encaixou e ganhou uma fluidez que preenche de otimismo o coração azul neste final de ano.
Darlan, Matheus Henrique e Jean Pyerre fazem o Grêmio jogar com uma naturalidade impressionante. Estão tão afinados que fizeram o time colocar o Guaraní na roda no segundo tempo. Jean Pyerre faz parecer fácil jogar, e Pepê ganhou poder de decisão. Fez um gol e deu o passe para o outro.
Renato, enfim, parece ter encontrado a versão 2020/2021 do Grêmio. É um novo time com o conceito dos últimos quatro anos. Uma construção que chega na hora certa e, não por coincidência, no momento em que o técnico ganha alternativas variadas.
Na lateral direita, Orejuela e Victor Ferraz oferecem um cardápio diferente cada. Do meio para a frente, há sobras de alternativas. Alisson é o titular, mas Luiz Fernando tem sido inquilino no lado direito, com as sombras de Everton e Ferreira. Piñares também pode atuar por ali, mas é o estepe de Jean Pyerre.
No comando do ataque, Diego Souza ganhou concorrência. O reflexo disso é que sua recuperação coincidiu com a chegada de Churín. Isso faz o Grêmio encarreirar 13 jogos sem perder e virar um candidato forte não apenas na Libertadores, mas também na Copa do Brasil e, por que não, no Brasileirão também.
A noite em Assunção, que teve linda homenagem de Renato a Maradona, vergando a camisa 10 da Argentina, mostrou que o Grêmio pode fazer pleno de esperança o Ano-Novo da sua torcida.