Tite mostrou uma nova variação desta sua Seleção Brasileira versão 2022. Nada de agressividade ofensiva, de linha de cinco no ataque com Renan Lodi quase como ponta-esquerda. Pelo contrário. O Brasil entendeu o que o jogo pedia. O Uruguai gosta de conduzir o jogo para a disputa física, para o confronto em cada metro de campo. Os guris de Tite aceitaram o convite e fizeram um jogo estratégico e de disciplina tática exemplar.
O Brasil variou no modelo tático durante a partida. No primeiro tempo, Firmino fez a função que costuma cumprir no Liverpool, como um falso 9, recuando para armar e acionar Richarlison e Gabriel Jesus. Houve 20, 25 minutos com alguns sobressaltos. Mas, a partir do momento em que a marcação encaixou, a vitória começou a ser construída. Primeiro com Arthur, finalizando uma jogada armada por Firmino e escorada por Jesus. Depois, aos 45, em jogada ensaiada no escanteio. A bola chegou a Lodi, que colocou a cabeça de Richarlison.
No segundo tempo, com duas linhas de quatro, controlou as ações e até enervou os uruguaios, com Cavani sendo expulso. O Brasil, assim, fecha o 2020 com 100% nas Eliminatórias, líder e forte para abrir o 2021 contra Colômbia e Argentina. Tudo isso, sem Neymar, Coutinho e Casemiro, é bom que se registre.