Havia até sábado uma atmosfera positiva envolvendo o Inter. Tudo indicava que entraria na semana do Gre-Nal da América com a autoestima lá no alto, como líder do Brasileirão e do Grupo E da Libertadores.
Porém, todo esse clima se dissipou com a atuação decepcionante e a derrota de 1 a 0 para o Fortaleza. O saldo foi a perda da liderança para o Atlético-MG e uma enxurrada de questionamentos que se repetem a cada jornada ruim do Inter.
É verdade que Coudet deu margem para uma parte delas, com algumas decisões esquisitas durante a partida, como a insistência em fazer de Moledo um cabeceador na área adversária nos minutos finais e a entrada de Lindoso no lugar de Nonato, numa tentativa de ganhar mais força aérea a partir dos 40 do segundo tempo.
Porém, também é verdade que o cobertor curto do Inter começa a se mostrar mais com o acúmulo de jogos. Em Fortaleza, ele lançou o garoto Léo Ferreira para ser o jogador de mais referência e colocou ao seu lado Leandro Fernández, que teve as duas melhores oportunidades do Inter no jogo.
O que evidencia a carência de alternativas. Galhardo ficou em Porto Alegre, cumprindo sua recuperação. Peglow está em recuperação de lesão. Yuri, que nem era levado como primeira alternativa, também. O banco oferecia no Castelão Abel e D'Alessandro. Os dois entraram, com o meia atuando na linha de três atrás dos atacantes por 45 minutos, como se reivindicava.
Esse cenário explica as razoes de o contexto colorado sentir um frio na espinha quando Patrick sentiu uma lesão muscular ainda no primeiro tempo no Castelão, um pouco antes de Jhonny cair e levar a mão à parte de trás da coxa.
Neste momento, só Boschilia está disponível entre os três da linha de meias, já que Edenilson tem mais dois jogos de suspensão a cumprir. Mais uma prova de que o cobertor do Inter se mostra curto justo nesses dias frios que antecedem a primavera e o Gre-Nal da América.