A Bundesliga recomeçou antes das grandes ligas. Quase um mês. Nesta terça-feira (16), os alemães poderão tomar chope (do bom, aliás) gelado em comemoração de título. A razão para que o primeiro campeão pós-quarentena seja conhecido numa grande liga é o Bayern de Munique.
Com 10 vitórias seguidas, o gigante bávaro entrou nos eixos sob o comando do novato Hans-Dieter Flick e atropelou o Borussia Dortmund e o RB Leipzig, que até o inverno ponteavam a Bundesliga. Para se ter uma ideia do domínio do clube, a conquista a ser confirmada contra o Werder Bremen, fora de casa, às 15h30min, o tornará octacampeão.
Desde a temporada 2012/2013, ninguém mais leva para casa a pesada bandeja prateada entregue ao campeão alemão. O título quase veio no sábado. Não fosse o gol do norueguês Haaland para o Dortund nos acréscimos, a noite em Munique já teria acabado em festa. O Bayern, mesmo sem Lewandowski e Müller, suspensos, venceu o Borussia Monchengladbach por 2 a 1.
Müller, bem dispensa apresentações. A cada ano que passa, joga mais e com mais inteligência. Já o polonês Lewandowski virou uma máquina de gols. São 30 nesta temporada, em que lidera a corrida pela Chuteira de Ouro na Europa, numa disputa ferrenha com Immobile, da Lazio.
O Bayern, é bom que se diga, passou por um processo de reformulação sem perder a força. A estrelas multicampeãs Robben e Ribery se despediram, assim como o brasileiro Rafinha, e abriram espaços para jovens como Coman, Gnabry, Davies e Goretzka, que fez a torcida sentir menos a perda do brasileiro-espanhol Thiago Alcântara, meio-campista filho de Mazinho.
Hans-Dieter Flick assumiu o time em novembro, com a demissão de Niko Kovac, que saiu depois de levar 5 a 1 do Eintracht Frankfurt e detonar os jogadores numa reunião a portas-fechadas. Auxiliar no clube, o ex-jogador Flick assumiu de forma interina e, em abril, na quarentena provocada pela pandemia, foi efetivado e ganhou contrato até 2023.
Com passagens por clubes pequenos e em base, ele tinha como grande conquista a Copa e 2014, em que era um dos auxiliares de Joachim Low. Portanto, estava no 7 a 1 sobre o Brasil. Mais um amostra de que não foi à toa aquele atropelamento no Mineirão.