O Grêmio depende de ajustes burocráticos para anunciar Thiago Neves. Pelo histórico recente do meia, por se tratar de um jogador que completará 35 anos em fevereiro, classifico essa contratação de risco. A confiança da direção, fica claro, é na gestão de Renato com um jogador que ele conhece a fundo. Thiago despontou no futebol brasileiro pelas mãos do técnico, em 2007.
Era desconhecido quando o Fluminense o buscou no Vengalta Sendai, do Japão, para onde foi ao surgir com brilho no Paraná em 2005. Renato e Thiago estiveram em momento fulgurante do Fluminense em 2007 e 2008. Mas lá se vão 12 anos, e aí reside o risco. Nem entro no protagonismo do meia na queda do Cruzeiro, até porque um gigante nunca cai por uma mão só.
Quanto a Diego Souza, seu rendimento nos últimos dois anos não recomenda a contratação. Diego tem atributos técnicos, isso é inquestionável. Tanto que surgiu como volante e virou centroavante com o passar dos anos. Na área, consegue encontrar os espaços, usar sua qualidade e, principalmente, seu corpanzil. Tite fechou 2017 mirando-o como alternativa de centroavante reserva para a Copa da Rússia.
Só que a queda de rendimento fez com que saísse do radar — Tardelli chegou a ser testado no começo de 2018 para esse posto. São duas temporadas de Diego sem mostrar no campo que mereça a aposta. Ainda mais por dois anos — ele completará 35 anos em junho. No Botafogo, onde chegou com pompa, foram 41 jogos e nove gols. Números que deixam claro. Será necessário muito mais do que a mão mágica de Renato. Aliás, ela vem falhando recentemente, como mostram André, Marinho e Tardelli.