Thiago Neves desembarcou em Porto Alegre nesta segunda-feira (27) com a família e uma quantidade de malas que revelam os planos de uma longa estada. Mas, mais do que isso, ele chegou a Porto Alegre para ser o camisa 10 de Renato neste novo Grêmio que o técnico constrói. Pode ser coincidência, mas o pedido do técnico pelo meia remete muito à figura do que foi Douglas em 2016, um caso de sucesso de aproveitamento de um jogador rodado e com qualidade técnica acima da média.
Às vésperas de completar 35 anos, Thiago vem buscar no Rio Grande do Sul uma correção de rumo numa carreira que foi pontuada por muitos momentos brilhantes. Ele sempre foi protagonista positivo e fechou o 2019 como personagem central da queda do Cruzeiro. Mesmo que saibamos todos que um clube desse tamanho nunca cai pela mão de um só.
Thiago encontrará na Arena o conforto e a acolhida de que tanto necessita. Renato o receberá de braços abertos e, anotem, o colocará como a cabeça pensante do time assim que ele estiver pronto, Falta um meia central no time, já que Jean Pyerre ainda está em processo de recuperação e Patrick carece de bagagem para assumir essa missão. O currículo de Thiago fala alto e serve de carta de apresentação. Mas o próprio Grêmio sabe que se trata de uma aposta. Tanto é que o contrato prevê cláusulas de produtividade e metas a serem atingidas para que seja prolongado por mais um ano.
Os números do Footstats mostram que há um caminho de retomada a ser cumprido. Conforme o site de análise de desempenho, o meia teve 16 participações diretas (nove gols e sete assistência) em 41 jogos em 2019. No último Brasileirão, ele foi o quarto colocado na posição em gols e finalizações. Porém, a pontaria foi ruim. Apenas 37% acertaram o gol.