Gabriel Boschilia completará 24 anos no dia 5 de março, mas a sua caminhada até desembarcar no Inter é cheia de histórias. Algumas delas marcantes, como a parceria com o argentino Emiliano Sala no ataque do Nantes no segundo semestre de 2018. O centroavante morreu na queda do avião que o levava da França para se apresentar ao Cardiff City, do País de Gales, na maior transação da história do clube.
Sala vivia o seu grande momento naquele Nantes. Aliás, os primeiros seis meses de Boschilia no clube foram os seus melhores em quatro anos e meio de Europa. Atuando mais à frente, como um meia-atacante pelo lado, ele foi titular do Nantes. Mas, no começo de 2019, sofreu uma lesão muscular e, ao voltar, não manteve o bom padrão. Incomodado com a reserva, fez postagem em sua conta no Instagram e entrou em atrito com o técnico Vahid Halilhodzic. Ao todo, participou de 32 jogos na temporada, seu melhor aproveitamento.
As passagens pelo Monaco, no entanto, foram de poucos jogos. Ao ser levado do São Paulo em agosto 2015, em um negócio de 9 milhões de euros, atuou em um jogo do Monaco B e cinco pelo time principal. Acabou a temporada no Standard Liege, para ganhar rodagem.
No começo de 2017, Boschilia rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho e ficou sete meses afastado. Voltou na largada da temporada 2017/2018, mas foi pouco usado e, por isso, parou no Nantes. No Brasil, o meia marcou mais pela passagem pela seleção brasileira de base do que propriamente no São Paulo. Em 2013, disputou o Sul-Americano e o Mundial Sub-17 em um grupo que tinha nomes como Thiago Maia, Gabigol, Léo Pereira e dois jogadores com passagem por aqui, o zagueiro Eduardo Bauermann, ex-Inter, e o atacante Joanderson, ex-Dupla.
Em 2015, Boschilia fez dupla no meio-campo do Brasil no Mundial Sub-20 com Marcos Guilherme, na época promessa do Athletico-PR. Tudo indica que os dois estarão lado a lado na linha de três meias montada por Coudet no Inter. Aliás, foi para usá-lo como o meia central que o argentino aprovou sua contratação.