O Mundial Sub-17 já está em sua fase semifinal, mas mostra alguns valores sul-americanos que mereciam um olhar muito atento dos dirigentes da Dupla e, quem sabe, até um esforço para investir neles. Mais ou menos como fazem os europeus com os nossos talentos, levados cada vez mais cedo para a Europa. Confira as duas dicas da coluna.
Diego Duarte — Aos 17 anos, já figura no grupo principal do Olímpia, menos por favorecimento pela lei que obriga os times a ter um sub-20 em campo e mais pelo potencial. É centroavante, destro e conhece o caminho do gol.
Neste Mundial Sub-17, já fez quatro — isso que só a partir da terceira rodada é conseguiu jogar 90 minutos, devido à recuperação de lesão no tornozelo. Duarte tem futebol na veia. Seu pai o batizou Diego Ariel, em homenagem aos argentinos Maradona e Ariel Ortega. O guri já figura em seleções de base do Paraguai desde a sub-15 — foi goleador do sul-americano, com oito gols. No Sul-Americano Sub-17, em março, fez dois gols. Seu grande jogo, porém, foi a virada contra a Argentina, 3 a 2, que colocou a seleção nas quartas. Nas oitavas, ele fez mais um, mas o Paraguai caiu para a Holanda por 4 a 1.
Joan Cruz — Aos 16 anos, Joan Cruz foi a grande novidade na lista da seleção chilena para o Mundial. Não figurou no Sul-Americano, em março, mas as atuações pelo time principal do Colo Colo chamaram a atenção da comissão técnica da seleção que não só o trouxe para o Brasil como lançou como titular. Franzino, o meia é um clássico camisa 10. Sabe jogar e tem boa definição. Contra o Brasil, nas oitavas, fez os dois gols chilenos na derrota de virada por 3 a 2 e saiu aplaudido pela torcida no Bezerrão, em Brasília. Mesmo ainda adolescente, já foi levado pelo técnico colombiano Reinaldo Rueda, para treinar com a seleção principal em amistosos na Espanha.