Depois do nocaute no Maracanã, era preciso mostrar sinais de reação. O Grêmio mostrou-os e fez mais. Goleou o Botafogo por 3 a 0 e, tivesse caprichado um pouco mais, teria feito goleada ainda maior. Mesmo assim, ficou de ótimo tamanho o placar. A prioridade era mesmo vencer para sinalizar à torcida de que a vida segue, e a realidade cobra uma busca por vaga no G-4 do Brasileirão. Depois do 5 a 0 para o Flamengo, era fundamental dar uma resposta, o que faz desta vitória na Arena talvez a mais importante do ano.
Renato, como se previa, pouco mexeu na estrutura do time. Léo Moura recuperou seu lugar na lateral-direita, Tardelli entrou no meio, e Luciano, no ataque. A movimentação na frente se manteve e, esses devem ser os donos dessas posições no futuro imediato, o que significa até a volta de Jean Pyerre.
A tarde na Arena teve atuação suficiente para ganhar do modestíssimo time do Botafogo. Mas era compreensível que o time mostrasse menos do que o torcedor se acostumou a ver. O impacto da goleada foi muito forte. Porém, para alguns jogadores levará mais tempo. Paulo Victor esteve inseguro em alguns lances, mesmo com o apoio de parte dos menos de 10 mil torcedores que foram à Arena. Por outro lado, outros já apontaram o caminho do futuro. Maicon liderou o time e foi o dono do jogo. Everton jogo no alto nível de sempre. Matheus Henrique seguiu na mesma toada.
O primeiro impulso para se levantar da queda na Libertadores foi dado. É preciso seguir nesse ritmo na quarta-feira, contra o Vasco, buscar um resultado que valide o 3 a 0 deste domingo e se fortalecer para o Gre-Nal do próximo fim de semana.
Um clássico, aliás, que já começou a ser jogado. O terceiro cartão de Kannemann, ao retardar cobrança de lateral aos 46 do segundo tempo, nitidamente, foi para limar a ficha e poder estar no clássico.