Vale mais do que se imagina a Copa do Brasil para Paolo Guerrero. Além de ser seu primeiro título nacional desde que chegou ao país há sete anos, vindo do Hamburgo-ALE, a noite de quarta-feira (18) poderá fechar com algumas marcas pessoais para o camisa 9. Um gol contra o Athletico-PR fará do peruano o goleador da Copa do Brasil — hoje, ele tem cinco gols e divide a ponta da tabela com Pipico, do Santa Cruz, e Luciano, ex-Fluminense, hoje no Grêmio.
A marca também o tornará o primeiro estrangeiro a ser artilheiro isolado da competição _ Barrios, pelo Grêmio, fez cinco dividiu o posto em 2017 com Sobis e Léo Gamalho; Petkovic, em 1999, pelo Vitória fez oito e igualou-se com Romário.
Mais do que estatísticas, a efetividade de Guerrero é trunfo do Inter para virar o confronto. No Beira-Rio, ele fez 11 dos seus 13 gols pelo Inter. A diferença acentuada se explica pela postura do time.
Em casa, quando o adversário geralmente vem mais cauteloso, o time avança, se torna mais agressivo e acaba com a solidão do seu centroavante. Evita de submetê-lo ao confronto isolado com os zagueiros. No Beira-Rio, há a aproximação de Nico López, os lances tirados da cartola por D'Alessandro, as infiltrações de Edenilson e até mesmo o avanço dos laterais, que neste Inter pós-Copa América são mais comedidos.
Por todos esses fatores, cresce a cotação de Guerrero como jogador decisivo na final. O que pode fazer com que ele, aos 35 anos e uma Copa do Mundo depois, comemore pela primeira vez algumas conquistas pessoais.