O presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Biedermann, fez história no Grêmio. Nesta semana, 16 movimentos políticos do clube assinaram documento em que apoiam chapa única na eleição para renovação de 150 cadeiras do Conselho, em 28 de setembro.
Quando começaram as conversas para agrupar 16 movimentos em torno de uma chapa única para renovação do Conselho?
Foi no final do ano passado. Em conversa com o presidente Romildo Bolzan, ele disse que seria um sonho fazer chapa única só para renovação de metade do Conselho Deliberativo (CD), eleição da Mesa do CD e do Conselho de Gestão. Seria uma amostra de pacificação espetacular. As reuniões se iniciaram em fevereiro. Não houve negociação, mas sim vontade política de apostar no bem maior, que é o clube. Foi uma demonstração extraordinária dos movimentos, que colocam o clube acima dos interesses individuais.
Como ficou a costura?
Os grandes movimentos abriram mão um pouco, e os pequenos ganharão um pouco. Tem toda uma conjuntura do clube que colabora nesse cenário. Foi uma decisão fantástica. Tem gente que diz que é antidemocrática. Acho o contrário, é super democrática, por envolver todos os entes do clube, negociar com eles no tempo certo e com as propostas corretas.
Com o movimento do Conselho de permitir mais uma reeleição de Romildo Bolzan e esse acordo, pode-se dizer que não teremos disputas eleitorais?
A esperança é essa, embora tenha um movimento (Grêmio do Prata) que não tenha assinado o documento e possa apresentar uma chapa para a eleição, que será dia 28 de setembro. Para a Mesa, no pleito de outubro, um dos pontos do acordo era de que eu seguisse para mais três anos na presidência do CD. Quanto ao Conselho de Gestão, não acredito que haja outras chapas. Mas aí haverá uma construção que o Romildo vai liderar. Esta eleição deve ser no final de outubro ou no começo de novembro. Mas não acredito que vá para o pátio. Creio que se resolva no primeiro turno, dentro do Conselho.