Renato sustenta que não há crise. Mas a segunda derrota do Grêmio na Libertadores, com uma segunda atuação preocupante, mereceu ações rápidas. E elas trouxeram para o time dois novos titulares. O dia de Matheus Henrique e de Jean Pyerre chegou. Os guris já vinham pedindo passagem havia alguns jogos, como o próprio Renato tinha reconhecido dias atrás.
A queda técnica de Luan e sua retirada do time, para que encontrasse em treinos especiais seu melhor futebol, deram para Jean o lugar no meio-campo. O Grêmio tem nas mãos um diamante raro.
Nenhum clube forma mais o meia clássico, do passe vertical, do olhar que descobre o espaço que quase ninguém vê. Os times formam em quantidades jogadores de lado, velocistas. Agora, o diferente, o que faz o jogo parecer fácil, esse, meus amigos, são raros. E o Grêmio tem um. Renato precisava de uma chance para colocá-lo de vez no time. Luan deu-lhe essa oportunidade.
O caso de Matheus Henrique é parecido. Mas um roteiro como o seu já foi escrito recentemente no Grêmio. Arthur, a quem o novo titular olha como modelo, cumpriu trajetória parecida.
Matheus dá dinâmica ao time, faz a bola rodar com mais velocidade e ocupa espaços do meio para a frente construindo com a bola. Sempre. Demorou até para entrar no time. Se havia à frene de Jean Pyerre na fila um titular de passado recente como Rei da América, no caso de Matheus, não.
A queda no sopé dos Andes abriu o espaço para os dois guris. Será com eles a busca por uma guinada na Libertadores e pela conquista do bi do Gauchão.