A conversa com o presidente da FGF era para tratar de suas novas atribuições, como um dos vice-presidentes da CBF, na gestão de Rogério Cabloco. Francisco Novelletto tomou posse na terça-feira (9), no Rio de Janeiro, em um evento no qual teve o reconhecimento pelo trabalho à frente da federação e a presença maciça da família.
Estavam lá a mulher, Gláucia, as filhas e os netos, Maria Eduarda, Maria Luisa, Vitor e Davi. Enfim, uma noite especial, apesar dos sustos provocados pela chuvarada que castigou o Rio.
Só que o assunto enveredou para as ideias de Caboclo em relação ao futebol brasileiro e chegou ao futuro dos Estaduais. O nosso Gauchão, preparem-se, será muito diferente em 2020. Confira o que disse Novelletto:
O calendário
"Vão encurtar um pouco mais os Estaduais. Tive uma reunião com o Caboclo e o Fernando Manuel, diretor de direitos esportivos da Globo. Eles não vão acabar com os estaduais. Nem a CBF, nem a Rede Globo querem isso. Tentarão, isso sim, que dê uma mudada. O meu aqui, todos sabem, é certinho. São 12 para classificar oito. Com a dupla Gre-Nal, é meio sem graça.
Eles querem emoção, para impulsionar a venda de pay-per-view. No nosso caso aqui, o que querem Grêmio e Inter? Jogar menos.
Temos algumas ideias na cabeça e faremos reuniões em seguida. O nosso contrato com a Rede Globo tem uma cláusula que, se quiserem, podem não renovar a partir deste ano. Foi uma conversa franca que tivemos com o Cabloco, o Feldmann e o Fernando Manuel. Ele me disse: 'Não quero acabar, quero emoção'. Isso me dá tranquilidade na sequência da parceria."
Uma fórmula
"Estive pensando numa noite dessas, em que perdi o sono. Ainda temos de discutir mais e levar para os clubes. Mas seria assim: os três times das Séries A e B (Grêmio, Inter e Brasil-Pel) começariam lá por 10 de fevereiro. Os outros nove fariam dois ou três grupos e jogariam entre 3 de janeiro e 10 de fevereiro, um campeonato rápido. Classificam-se cinco.
O campeão dessa primeira parte levaria vaga na Copa do Brasil, e o vice, na Série D. Esses cinco se juntariam aos três e formaríamos dois grupos de quatro times. Seria um grupo contra outro, turno e returno. Avançam os dois melhores de cada para a semifinal. Os vencedores jogariam a final. Em resumo, Grêmio, Inter e Brasil teriam quase 40 dias de pré-temporada e não precisariam colocar time de reservas. Jogariam 12 datas, em vez de 17, como é hoje. Veja bem, isso é da minha cabeça, tem de haver discussão. Pelo Estatuto do Torcedor, se houver unanimidade, é possível mudar de um ano para outro."